Comissão de Trabalhadores da MEO

Altice Portugal em escrutínio

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MEO, uma das empresas da Altice Portugal.

Não é de todo surpreendente a notícia das investigações envolvendo várias personalidades e figuras ligadas ao universo Altice. Desde 2015, têm sido divulgadas várias informações suspeitas.

Tendo em conta tudo o que tem sido conhecido nos últimos dias, é altura de nos questionarmos se a queda da ex-PT merecia passar por tudo isto. Fica claro que este modelo de privatização, que aumenta o número de trabalhadores precários e destrói as empresas, retira a capacidade de intervenção e prejudica os cofres do Estado, não serve os interesses do país. A venda de património, publicitada na altura como um simples ato de gestão eficiente e inteligente, é apenas a parte visível de uma cleptocracia bem planeada e assumida. Os indícios destes crimes mancham a imagem da empresa e ferem o orgulho de todos os que a ergueram, devendo envergonhar os seus responsáveis e cúmplices, que deverão ser punidos pelos tribunais a confirmarem-se tais notícias.

Enquanto os trabalhadores sofrem com as consequências das (más) decisões de gestão que penalizam salários e carreiras, assiste-se à divulgação pública de irregularidades de enorme gravidade, pondo em causa todo um projeto centenário de grande credibilidade. Aos clientes, fornecedores e parceiros, aos quais solicitamos confiança neste momento difícil, os trabalhadores responderão, como sempre, com um profissionalismo dedicado e incansável.